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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Resumo de livro Breve História de Israel





Livro: Breve História de Israel 
Autor: Milton Scwantes 
Editora: Oikos

 



Resumo do livro Breve História de Israel

Introdução

Para entendermos a origem do povo de Israel é necessário entendermos o contexto do local onde se desenvolve sua formação, que é na terra de Canaã, terra de Israel ou Palestina.
A Palestina se localiza entre Mesopotâmia e o Egito, ela é delimitada pelos desertos e pelo mar. 
A Palestina é cercada por vales no litoral Saron e pelo profundo vale do Jordão, entre os dois estão às montanhas da Galiléia, da Samaria e de Judá.

Origem do Tribalismo

Do século XVI ao século XI a.c quem governava a Palestina era o Egito, mas não conseguiu impor sua própria administração aos cananeus, então procura fazer alianças com os reis das cidades estados cananéias, além disso o exército egípcio não era capaz de tornar-se tão presente na Palestina, dependia de sua anuais expedições de saque.
O Egito fazia parte dos grupos que haviam invadido séculos anteriores e formava a elite, controlava o campo, esse controle era exercido da força militar e da religião de El e Baal.
Forçava os camponeses a pagar tributos se não funcionasse pela religião usava-se a força militar e assim oprimia severamente o povo do campo.
                Israel faz parte do povo do campo, faz parte da Palestina, não vem de fora, não surge pela conquista ou imigração.
                A desintegração das cidades-estados e a mudança da idade do bronze para a idade do ferro fez com que o Egito reduzisse suas fortalezas militares e fez com que enfraquecesse seu domínio sobre Canaã.
                Aproximadamente em 1300 a.C os camponeses aproveitam essa situação e migram para as montanhas, diversos grupos aderem essa novidade, todos vêm de êxodos, cansados da opressão se refugiam nas montanhas.
                O que favoreceu essa nova oportunidade de habitar nas montanhas foi devido a utilização do ferro com isso a vida se torna mais fácil, com o descobrimento dessa técnica eles constroem cisternas para  armazenar água das chuvas utilizando nas secas de verão, criam cidades sem opressão, surge essa sociedade de união, não há tributo nem sacerdotes corruptos, o tribalismo é igualitário, tudo é decidido na família, todos constroem, consomem, produzem e defendem a terra, quando surge algum problema um juiz se levanta para defender sua família, sua tribo.

Constituição da Monarquia

                Em aproximadamente 1050 a.C a monarquia se impôs venceu o tribalismo no sentido de projeto social, mas a ideia tribalismo nunca foi destruída. Com o passar dos anos nesse sistema de monarquia começou a surgir o pobre, o escravo tudo isso foi devido à introdução do gado na produção agrícola, o gado precisava de um exército para defendê-lo, de mais comida e de mais espaço tirando a terra da população.
                Além dos problemas internos o povo estava com medo da invasão de povos vizinhos, por habitarem perto das grandes rotas comerciais que passam pela Palestina, o caminho dos filisteus e o caminho Real, por isso todos queriam dominar militarmente essa rota e nesse cenário vai surgir à figura de um rei.
                O primeiro rei é Saul, em seu início de governo Saul se mostra solidário no episódio que defende Jabes em Gileade, mas não formou um exército profissional, não organizou uma capital, sua família e alguns amigos eram sua corte, ele acaba sendo derrotado pelos filisteus pelo controle da rota comercial.
                O próximo rei é Davi no período que estava fugindo de Saul torna-se mercenário conhecido como hapiru, se une a 400 homens desesperados e endividados (1Samuel 22-29), defende o gado dos ricos, chega a tornar-se mercenários dos filisteus e aprende o que é estado em sua força mais elaborada, conquista Hebron o centro da grande Judá, de Hebron conquista Jerusalém, derrota os filisteus e assume o controle da rota comercial.
                No final da vida de Davi existiram lutas pela sucessão pelos grupos ligados ao campo e grupos ligados a cidade.
                O último rei da monarquia unificada é Salomão que vence Adonias nessa disputa, Salomão representa o governo das elites da cidade e do comércio, enquanto que Davi buscava suas riquezas dos povos vizinhos Salomão organiza o tributo interno em forma de arrecadação e trabalho forçado na construção do templo e suas casas.
                O templo é erguido e dedicado a Javé que é o Deus do camponês, para poder justificar a cobrança exploratória de tributos, já que o povo não negaria tributos para o seu “DEUS”, com isso ele se torna o Deus da base política de Israel, mas quem se alimenta disso tudo é o rei e o sacerdote.
                O povo de Israel nasceu de tribos agora é uma sociedade estratificada e Javé foi trazido como uma bandeira de união entre o camponês e a elite.
                Nessa época de monarquia o povo volta a ser explorado, oprimido e massacrado por essa monarquia corrupta.
                Os profetas não aceitam essa religião do templo, não aceitam essa religião elitizada e o profeta Jeremias a chama de “CAVERNA DE SALTEADORES”-(Jeremias 7:1)
                Com a morte de Salomão termina o reinado unido de Judá e Israel.

Os dois reinos Judá e Israel

Por volta de 926 a.C começa a história dos dois reinos, a razão da separação era eminentemente social, o povo de Israel estava cansado de pagar tributos e de ser explorado por Jerusalém.
O povo tenta fazer um acordo em Siquém com Roboão filho de Salomão para diminuir os tributos e a exploração, mas, Roboão não aceita então o povo mata  Adonirão superintendente dos trabalhos forçados e voltam ao sistema de tribalismo.
Jeroboão é feito rei do norte ,o reino norte é mais voltado para o sistema antimonárquico e no sul quem governa é Roboão, o sul era mais dinástico.
O reino sul é marcado por sucessões familiares, já o reino norte é marcado por golpes de estado, no reino sul vai predominar no povo a esperança messiânica davídica.
Houve momentos que esses reinos se combateram (1Reis 15:16-22) e houve momentos que se aliaram( 1Reis 22:29).
Oséias proclama que Javé não quer mais sacrifícios, mas, sim solidariedade, o profeta luta pela realidade do povo sofredor, ele se torna um hermeneuta do povo interpretando e entendendo o contexto do povo pra poder defendê-lo.
                No século IX a.C entre 850/800 a.C a parte norte tem forte estado econômico, militarmente forte, comprovado arqueologicamente com sua capital em Samaria, já a população no sul era escassa.

Reis e Impérios

Cada império teve sua forma de dominar uns mais cruéis que outros, mas, todos matando, roubando e cobrando impostos.
Um nova realidade surge na Palestina, agora o inimigo não vem do sul e sim do norte da Mesopotâmia.
Em 745 a.C a Assíria conquista a Palestina com Tiglate Pileser III, esse império é brutal e destruidor, eles aperfeiçoam a utilização do ferro com isso surge uma nova etapa, o ferro é mais refinado, laminado, as armaduras são mais leves e resistentes.
A forma de governo da Assíria é destruir por onde passa e isso faz com que eles acabem com tudo ao redor sem deixar locais para ser explorado futuramente.
                Em 722 a.C O reino norte cai, a Assíria queria conquistar o Egito ao sul e precisa passar por Israel que estava entre eles na posição geográfica, a cidade é destruída, seus habitantes são levados em cativeiro e substituídos por povos de outras nações, transformando Israel em uma parte de seu sistema provincial, muitos do reino norte migram para o reino sul, e levam seus deuses, sua cultura.
Em 705-701 a.C o sul também é arrasado e 46 cidades são destruídas.
Em 671 a. C a Assíria conquista o Egito.
Em 640 a.C a Assíria perde o controle de Judá e começa a se enfraquecer, nesse período de disputas entre Egito, Babilônia e Assíria que já agonizava ocorre um momento na Palestina com Josias.
Breve período de autonomia nacional para Judá que, contudo está sob ameaça de um novo império que virá, Josias é colocado pra reinar com oito anos de idade (2Reis 21:24), reafirma-se o tribalismo.
Em 622 a.C ocorre a reforma de Josias, essa reforma se dá por causa do livro encontrado no templo (2Reis 22:23), esse livro é lido pelo rei, por seus ministros e faz todos desejarem a reforma, o livro do deuteronômio reafirma a união entre os irmãos segundo a reforma tribalista.
Em 614 a.C cai a cidade de Assur.pela Babilônia.
Em 612 a.C cai a cidade de Nínive a última capital da Assíria.
Em 609 a.C ocorre a Batalha de Carquemis na qual a Babilônia vence a Assíria e o Egito e toda a liberdade provisória de Israel estava prestes de terminar, Josias é morto em confronto com o Egito, o povo da terra colocou Jeoacaz seu filho em seu lugar que reinou por três meses e foi deportado para o Egito onde morreu, Jeoaquim foi feito rei pelos egípcios, mas logo depois perderam o domínio internacional para os Babilônios.
Em 605 a.C o rei Jeoaquim muda de lado e passa a pagar tributos para os Babilônicos nesse período Judá é invadida e Jeoaquim morre.
Em 597 a.C Joaquim filho de Jeoaquim assume o trono, nesse período dez mil elite são deportados para Babilônia, Joaquim se rebela e também é levado cativo.
Em 587-586 a.C os babilônios fazem rei a Zedequias sobre os que restaram sobre Jerusalém e Judá, logo mais adiante Zedequias se rebela e deixa de pagar tributos, então Judá e Jerusalém são invadidas, tem o templo destruído, saqueado e as muralhas quiemadas.
Os remanescentes vivem a retribalização, já na Babilônia os deportados viviam em Tel Aviv, trabalhavam para sua sobrevivência e pagavam o tributo, mas possuíam liberdade para cultuar seu Deus Iavé.
Em 550 a.C os Persas começam a emergir e segundo conta Heródoto, Ciro era parente dos Medos, logo Ciro conquista os Medos e unifica seu governo, eles governam através de satrapias ou províncias, possuem um sistema de comunicação bastante desenvolvido por um sistema de estradas, trocas de mercadorias e informações, os próprios persas é quem governa nas satrapias.
Em 539 a.C Ciro conquista a Babilônia , de criadores de cabra os persas se tornam uma potência.
Em 536 a.C Ciro permite a migração do povo judeu para sua terra, alguns judeus conquistaram alguma posição e não queriam ir para Jerusalém.
Na época de governo persa muitos viviam em grande miséria, a marginalidade dos pobres era a marca registrada da cultura, da vida cotidiana, ocorreu proliferação de muitas doenças como a lepra e nessa época surge a literatura sapiencial, os provérbios , as reflexões ,os salmos que tratam das dores sofridas.
Em 525 a.C Cambises filho de Dario conquista o Egito na batalha de Pelusa.
Em 515 a.C os judeus terminam a construção de templo que estava paralisada por quase 20 anos.
Em 490 a.C Dario I faz guerra contra os gregos, por mais que os persas eram muitas vezes superiores em sua forças bélicas, não conseguiram se impor nem por terra e nem por mar, as estratégias gregas lhe foram superiores e compensaram seus exércitos numericamente tantas vezes inferiores e os gregos foram superior nessa batalha.
Em 457 a.C Esdras vai para Jerusalém, ele era de origem sacerdotal, mas sua ação em Jerusalém não será de cunho sacerdotal, ele tem a missão de restaurar a lei de Deus no coração do povo, pois o sacrifício não ia bem, estava ocorrendo um certo desinteresse pelo sacificialismo, os problemas sociais, a escravidão dos jovens, o descumprimento da lei na relação de casamentos com outros povos .
O povo precisava voltar a cumpri a lei para assim restaurar a sua identidade.
Em 445 a.C Neemias também vai para Jerusalém, ele era copeiro do rei, era um importante funcionário na corte persa ao saber da notícia sobre a ruína das muralhas de Jerusalém, e como sua família estava desprotegida e em grande miséria ele pede para o rei autorizar sua ida para restaurá-la.
Os adversários de Judá e os próprios contemporâneos não queriam que ele restaurasse os muros para Jerusalém não ser mais um entreposto alfandegário, essa restauração era contra os interesses dos que eram adeptos ao regime tribal.                              
Na construção dos muros aumentou muito o número de pessoas pobres que foram escravizadas, os judaítas mais ricos eram os credores que levavam os jovens a escravidão.
Mesmo diante de todas as opressões e impedimento, ele consegue restaurar os muros em 52 dias.
Em 333-323 a.C o império grego de Alexandre o Grande controla a Palestina
Em 323 a.C após a morte de Alexandre dois se seus comandantes, os diádocodos assumen o controle, primeiro foi o período de Ptolomeu ou Lágidas do Egito e depois os Selêucidas da Síria.
Nessa época de governo ptlomáico surge a tradução da bíblia para o idioma grego a chamada Septuaginta.
Já no governo sírio Antíoco Epífanes quer helenizar toda a Palestina, alguns aderem esses costumes, mais outros não, os Macabeus ou Asmoneus, se levanta por não aceitar essa cultura, nesse período os sacerdotes se corromperam e pagavam para assumir esse ofício sacerdotal.
Em 63 a.C Pompeu anexa a Palestina como província de Roma.




domingo, 8 de dezembro de 2013

Resumo do Livro: A hora e a vez dos leigos

RbResumo do Livro: A hora e a vez dos leigos


Esse livro fala sobre a vida do pastor Paul Estevens, um pastor batista que abriu mão do serviço de pastor integral para ser carpinteiro.
            De início pareceu-lhe uma dura decisão, porque Paul amava o que fazia outra característica que observamos na vida de Paul era que ele acreditava no corpo atuante dos cristãos no ministério, ou seja, toda igreja atuando para o crescimento da obra de Deus e edificação dos irmãos- EF 4:12.
            A tarefa principal do pastor não é só fazer, mais equipar, preparar os leigos para o ministério. Isso inclui uma capacitação completa dos santos para a obra, ajudando os leigos a desenvolver seu chamado para ser atuante tanto na igreja como no mundo.
            Essa é uma tarefa árdua e precisa que o pastor ou o líder ajude os leigos nessa caminhada, transformando o potencial deles em realidade.
            O líder tem que ter essa visão de capacitação de sua igreja transformando o povo de Deus em povo ministrador.
            A decisão de Paul em trabalhar como carpinteiro era para ter a experiência de sustentar sua família com seu trabalho e servir de exemplo no que ele acreditava que nem sempre o modelo do pastor assalariado, de tempo integral, é o melhor. A igreja precisa também de pastores que exerçam outra profissão.
            A missão dos líderes é a de preparar os santos para a obra no ministério com fundamentos bíblicos e teológicos seguros.
            A igreja inteira é um povo sacerdotal, a Nova Aliança torna competente para o ministério as pessoas mais fracas, mais inadequadas- 2 Co 3:4-6.
            Deus tem derramado seu poder sobre toda a igreja nesta era pentecostal, formando um povo de servos, um povo do reino, um povo dotado, contemplado com dons e graças multiformes para o ministério.
            É uma responsabilidade primeira dos líderes, bem como a preocupação de cada membro para o ministério.
            Paul sempre acreditou no seu chamado para ser um capacitador, que era chamado por Deus para ensinar e pregar a palavra, e não achava essencial ser sustentado pela igreja, considerava seu chamado como o de um cristão que havia recebido um chamado de Deus, e obedecido.
            O ministro leigo também deveria ser ordenado no ministério e não somente os ministros de tempo integral, os chamados profissionais, surge um problema então, mesmo aqueles que têm chamado de Deus e não atua de forma integral( profissional) não poderia exercer seu ministério e colocar seu chamado em prática, porque não seria ordenado pela convenção. Essa foi a idéia que ele apresentou em sua ordenação, e isso gerou muita polêmica, pois os chamados profissionais se sentiam ameaçados pelos leigos de tomarem seus lugares em seus ministérios, mas essa idéia foi aceita, e assim em sua igreja se formou um grupo ministerial de presbíteros-diáconos não profissionais.
            Paul percebeu que a capacitação dos leigos o ajudaria a dividir as cargas e não sobre carregá-lo, e com isso poderia utilizar o seu tempo para outras tarefas importantes.
            Depois de uma experiência que sua esposa teve, mesmo sendo considerada leiga em seu ministério ela exercia um ministério de oração e cura entre as pessoas que tinham cicatrizes profundas na alma, Paul aprendeu uma coisa sobre a preparação dos santos eles precisam de oportunidades para experimentar vários ministérios, inclusive o de profetizar e orar por cura.
            Paul decidiu então colocar em prática o que acreditava e pediu confirmação pra Deus e Deus lhe respondeu sobre fundar uma igreja em Vancouver, como a igreja não teria condições de lhe sustentar, ele teria que trabalhar, um irmão ofereceu-lhe um emprego de aprendiz de carpinteiro, e Paul aceitou a gentileza e aos 37 anos iria recomeçar e iniciou uma nova etapa em sua vida.
            Essa seria há única maneira para ganhar experiência para um ministério mais amplo na preparação dos leigos.
O cristianismo surgiu como um movimento leigo, só depois que a religiosidade colocou os leigos numa posição secundária.
            Essa administração era muito utilizada no mundo Greco-romano, em que essa administração se dividia em duas partes O CLERO- os magistrados e o LAOS- os leigo (o povo - que era considerado ignorantes e inculto) era esse sistema que Paul acreditava que impedia a igreja de se edificar mutuamente e crescer.
            Paul passou por momentos difíceis, mas conseguiu seguir adiante e aprender algumas lições sobre o que é ser um leigo.
            Interessante que um pagão chamado Celso no Segundo Século percebeu os que trabalhavam com lã, os sapateiros, os lavadeiros e os camponeses mais iletrados e rústicos levavam o evangelho mais adiante do que os bispos, os apologistas e os teólogos.
            Por isso entendemos que os leigos precisam ser preparados para produzir frutos e que estes frutos permaneçam.
            A capacitação tem que se preocupar muito mais com a formação do caráter do que com habilidades ou informações.
            O caráter demora um tempo pra ser formado, é por isso que o testemunho positivo de um líder influencia seus seguidores e futuros líderes, Paulo ensinava com seu testemunho como o de um imitador de Cristo.
            Nessa nova fase Paul percebeu que ele vivia num mundo aparte, num mundo de pessoas mais instruídas, e esse período o fez refletir sobre seu chamado, e isso o aproximou mais dos leigos.
            Outra lição que aprendeu foi a de valorizar mais aqueles que trabalham fora e se esforçam na obra de Deus, esse são verdadeiros guerreiros, pois a espiritualidade não se desenvolve apenas na igreja, mas nas tarefas do dia a dia.
            Interessante que a palavra equipar num sentido médico do grego clássico significa colocar um osso ou uma parte do corpo humano no devido lugar em relação às outras partes do corpo de modo que cada parte se encaixe perfeitamente, ou seja, recolocar as juntas no lugar.
            Essa é a função dos ministros ajudar os santos a desenvolverem seus ministérios, para que cada um exerça seu chamado num determinado seguimento do corpo que é a igreja, e assim todo o corpo funcione corretamente.
            A igreja tem que aprender a viver como unidade, como um corpo, e pra isso precisa de líderes que ajudem as pessoas a se incluírem no corpo de Cristo, o líder tem que fazer de sua igreja um local de capacitação para os membros, onde todo o corpo bem ajustado funcione para ser atuante no ministério, que é o corpo de Cristo, a unidade deve fazer parte do nosso chamado, ou seja, todo o crente é chamado para fazer parte do corpo de Cristo.
            Em Efésios 4:1-Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados. Nesse versículo Paulo nos relata que fomos escolhidos por Deus e temos uma vocação e temos que andar digno dessa vocação, se todo líder entender o que Paulo quis dizer irá perceber que na igreja todos tem um dom específico que precisa ser descoberto e colocado em prática, para que todo corpo funcione como um organismo vivo e saudável.
            A igreja cresce e se edifica em amor quando cada um exerce sua função sendo um membro ativo e entendendo sua posição dentro do corpo, fazendo tudo com amor.
            Para que os membros sejam equipados, a estrutura da igreja precisa ser equipada, os líderes precisam ser equipados.
            A edificação mútua através dos diversos dons leva a igreja a uma maturidade em Cristo.
            Cada ministério é essencial para a unidade do corpo de Cristo, essa diversidade de dons e ministérios é que contribuem para a edificação e crescimento, cada crente é um escolhido por Deus portando ele é um ministro em favor do crescimento do reino.
            A igreja só pode crescer como um corpo sadio se todos os membros do corpo estiverem em funcionamento.
            Quando a igreja se reuni, ela se edifica por meios dos irmãos, cada um com o seu ministério - Efésios 5:19: Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração.
            Deus e é o Capacitador-Mor, pois é, ele quem escolhe e distribui os dons e ministérios, mas ele realiza tudo isso através de Jesus Cristo.
            Pela graça de Deus fomos escolhidos, nomeados e ungidos povo especial, nação santa, propriedade exclusiva de Deus, somos ministros-sacerdotes.
A igreja funciona como um lugar de capacitação e edificação é na fornalha do dia a dia que as pessoas são aprimoradas e desenvolve seus ministérios, Paulo quando escreve a igreja de Éfeso ele relata que a igreja junta e unida promove a edificação e crescimento dos santos Colossenses 3:16- A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.
           O seminário é importante, mas não será ele que irá formar o caráter de alguém, o caráter é formado e moldado nas experiências diárias junto com a comunidade local, é no método pragmático que a igreja treina seus membros.           
Os grupos pequenos são os melhores meios pra se desenvolverem os dons espirituais.
A igreja não é chamada pra ficar estagnada dentro de quatro paredes ela é chamada pra ser atuante junto à comunidade, é daí que vem o termo Eclésia que significa, convocados chamados para fora, é dever da igreja agir junto a comunidade, levando o evangelho e a ação social para os perdidos.
            Cada necessidade humana é uma oportunidade para fazer missão.
            A necessidade de se estruturar a família é prioridade da estrutura de uma igreja, pois uma igreja bem estruturada tem suas famílias firmes e sólidas no relacionamento com Deus.
Nosso trabalho secular pode ser um ministério que Deus quer usar para alcançar as vidas, temos que entender que nosso ministério não flui só na igreja, mas quando entendemos que nossa vida pertence e está nas mãos de Deus, um exemplo é a vida de José que foi estabelecido como primeiro ministro de Faraó para ministrar um grande livramento na vida de seu povo, ser ministro de Cristo é isso aproveitar as oportunidades que surgem, para anunciar a mensagem salvadora e transformadora de Jesus Cristo.
A igreja foi escolhida por Deus para fazer parte da Grande Comissão o IDE de Jesus de anunciar sua mensagem de uma forma verbal e prática, verbal no que diz respeito ao anuncio do evangelho de Cristo que cura, liberta e restaura, e na forma prática que é a encarnação dessa mensagem de ser atuante junto à comunidade na ação solidária para com as necessidades dos pobres e marginalizados.
A missão integral da igreja visa o cuidado do ser humano como um todo, atingindo a vida espiritual e física, libertando as pessoas de toda a prisão social, espiritual, física e emocional.
Deus nos escolheu para levarmos essa mensagem e agir nessa sociedade que está corrompida e corroída pelo consumismo, individualismo, violência, corrupção política, imoralidade, diversidade religiosa e desigualdade econômica.
A igreja precisa ser mais atuante junto ao bairro, ela precisa mostrar interesse pelas pessoas, precisa conhecer as necessidades dos moradores, precisa sair da alienação das quatro paredes e se envolver também com as causas terrenas.
Capacitar os crentes para missão é mostrar que a ação social é indispensável para seu ministério.
Nesse livro Paul Estevens visa bastante a reunião familiar, ou seja, poucos membros reunidos para adoração, oração e meditação da palavra de Deus com isso se consegue aproximar mais os membros mantendo assim uma relacionamento mais firme e próximo.
            Interessante como o autor nos mostra na bíblia os contextos que aparecem à palavra capacitar ou preparar, já vimos no contexto médico o que ela significa que é colocar cada osso no seu devido lugar, segue mais alguns contextos: como pescador que limpa, prepara a rede para a próxima pescaria remendando os buracos, como pedreiro no contexto de Esdras e Neemias na construção do templo e restauração das muralhas colocando as pedras em ordem, como oleiro criar, formar, moldar, ou seja, construir nas pessoas o que elas precisam ter para funcionar de modo efetivo como servos de Deus na igreja e no mundo, como pai servindo como modelos para os filhos, assim como um filho gosta de imitar o pai, capacitar significa servir de modelo, como projetista ajustar as partes que faltam para completar o todo.











terça-feira, 6 de agosto de 2013

Traduções da Bíblia

Versão é uma tradução de uma língua para outra.
Versões são feitas para suprir necessidades de compreensão da Bíblia em uma outra língua. Com a expansão do cristianismo (At 1:8), pecadores foram salvos e Igrejas formadas, não somente através de Jerusálem, Judéia, Samaria, mas através da Síria, Ásia Menor, Egito, Etiópia, Norte da África, Macedônia, Grécia, Itália, etc. Começou então o grande trabalho de traduzir a Palavra de Deus às línguas dos cristãos de todo o mundo Mt 28:19-20, pois o mundo está dividido em nações, tribos e povos.

Versões Semíticas

Pentateuco Samaritano   
Esta versão é a Bíblia dos Samaritanos.
É o texto do Pentateuco, escrito nos antigos caracteres hebraicos ou em samaritano.
O povo samaritano eram uma mistura dos povos das 10 tribos do norte de Israel com o povo assírio, em decorrência da invasão de Sargão II da Assíria em Israel, no governo de Manassés.

Os Targuns
Os Targuns (interpretações)são explicações escritos em aramaico.
Foram utilizados quando os judeus voltaram do exílio, com uma nova língua: o aramaico. As escrituras estavam em hebraico, portanto a necessidade de escritos que explicassem as escrituras, pois não entendiam o que era lido em hebraico.
Nesta época as escrituras(em Hebraico) eram lidas em público e logo em seguida vinham as explicações do leitor em aramaico:
Ne 8:8 E leram no livro, na lei de Deus; e declarando, e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse.
Estes Targuns foram muito utilizados nas Sinagogas, inicialmente eram resumidos e simples, foram então melhorados e provavelmente ganhou a forma escrita um pouco antes da era cristã.
Principais Targuns:

 1.        O da Lei (Ónquelos) - Séc.II d.C. 21, a leitura oficial do Pentateuco na sinagoga.

 2.        O dos Profetas e Livros Históricos - Jonathan Ben Uziel.

Versões Gregas

A Septuaginta
É a tradução da Bíblia Hebraica (VT) para o grego. Foi feita para a biblioteca de Alexandria no Egito,  através de um pedido do monarca egípcio Ptolomeu Filadelfo ao sumo-sacerdote judaico Eleazar. Foi traduzida em 72 dias, por um grupo de 72 eruditos (6 de cada tribo), por isto o razão de seu nome Septuaginta, que em latim significa “70” e simbolizada como “LXX”.

Esta versão foi de grande importância pelos seguintes fatores:

Foi a versão utilizada pelos judeus da dispersão (nas sinagogas), levando assim a bíblia (VT) para outras nações, pois o grego era a língua comum dos povos  na época do Império Grego e continuando no Império Romano.

Foi uma providência de Deus, pois quando o cristianismo se iniciou, existia no mundo uma língua comum : “ o grego “ e uma Bíblia nesta língua: a Septuaginta, favorecendo então a propagação do evangelho para as nações.

Outras Versões em Grego
-Versão de Áquila
-Versão de Teodocião
-Versão de Símaco
-Héxapla de Orígenes

Versões Siríacas

São as seguintes:
- A Peshito (cujo significado é "simples") Feita entre 150 e 200 D.C., pela Igreja Siríaca de Edessa (nordeste da Mesopotâmia). Serviu as igrejas do Oriente e continha o Novo Testamento (faltando alguns livros).

Apartir desta versão, foram feitas as versões árabe, pérsica e armênica.

-A versão Filoxênia - Feita em 508 pelo bispo Filoxeno de Hierápolis (Ásia Menor).
Versões Latinas

Traduções feitas para o latim

Compreende das seguintes:

Antiga Versão Latina
Ou versão Africana do Norte, teve sua conclusão em 170 D.C., em Cartago (África do Norte). Tem o Velho Testamento (apartir da Setuaginta) e o Novo Testamento. Foi uma tradução usada pelas igrejas do ocidente.

A Ítala (ou "Vetus Itala" em latim)
Compreende de uma revisão da Antiga Versão Latina. Tem o Velho Testamento e o Novo Testamento, feita na segunda metade do século II na Itália.


A Revisão de Jerônimo
Feita em 382-387 D.C. por Jerônimo, também compreende de uma revisão da Antiga Versão Latina, usou a Héxapla de Orígenes.


A Vulgata
Feita por Jerônimo em 387-405 DC. Usou os textos em hebraico para o Velho Testamento e através das várias versões em latim fez o Novo Testamento Revisto.
Com a invensão da imprensa, a Vulgata foi o primeiro livro impresso, em Mainz (Alemanha) no ano de 1452.
Por causa de sua popularidade e difusão, recebeu este nome "Vulgata", do latim "vulgos" = povo => versão do povo, popular, corrente.
Outros itens importantes da Vulgata:
-Foi a Bíblia da Igreja do Ocidente na Idade Média, por 1000 anos foi a Bíblia de quase toda a Europa.
-Foi usada como base para a traduções da Bíblia para outras línguas.
-No Concílio de Trento (1546), foi decretada a Bíblia oficial da Igreja Romana.


Versões Inglesas

Houve várias versões em inglês (Inglaterra e Estados Unidos), a primeira foi feita em 1380 por John Wycliff.
A Segunda foi de William Tyndale (1494-1536), formado em Cambridge e Oxford),  fez a tradução apartir dos idiomas originais. A versão de Tyndale foi a primeira Bíblia impressa em inglês. Foi também a base para a famosa Versão do Rei Tiago.
Versão do Rei Tiago - ou Versão Autorizada - KJV
É a versão de maior popularidade e difulsão em inglês. Publicada em 1611. O Rei Tiago em 1604 presidiu uma conferência religiosa em Hampton, afim de considerar as queixas dos puritanos contra os anglicanos. Resultou desta conferência o propósito da publicação de uma nova versão da Bíblia, para isto foram nomeados 54 teólogos (só 41 participaram). Tem como base o Texto Recebido (T.R.) .
Texto Recebido (T.R.) "Textus Receptus"
Grupo de documentos em grego (manuscritos antigos em grego), recebido pelos crentes desde a época dos apóstolos.
Também conhecido como "Texto Tradicional",ou "Texto Bizantino".

Versão Revisada - English Revised Version (RV)
É uma revisão da Versão Rei Tiago (ou King James). Participaram nesta versão um grupo de sábios inglêses e norteamericanos (Sayce, Driver, Angus, Lightfoot, Westcott e outros doutores da Bíblia). Foi publicada em 1881 (Novo Testamento) e em 1885 (Antigo Testamento).

Versão Revisada Americana The American Standard Version (ASV)
Esta versão foi publicada em 1900 (Novo Testamento) e 1901 (Velho Testamento).

Versão Padrão Revisada The Revised Standard Version (RSV)
Publicada em 1946 (Novo Testamento) e 1952 (Velho Testamento) nos Estados Unidos. Começou em 1929 com um grupo de Teólogos tradutores como Goodspeed, Moffat, Millar Burrows, Albright. Novos textos originais foram consultados para esta versão.Segue o Texto Crítico (T.C.) . Recebeu elogios e críticas, pois é teologicamente liberal em alguns pontos.
Texto Crítico (T.C.)
Edição de textos gregos feitos por Wescott e Hort, apartir de um grupo de manuscritos, no ano de 1881.

Versões inglesas Recentes
The New English Bible (NEB). 1970
The New American Standard Bible (NASB) 1971
The Living Bible (TLB) 1972
The Good News Bible (TEV) 1976
The New International Version (NIV) 1978

Versões Alemãs

-No Século XIV, havia uma versão traduzida literalmente da Vulgata (latina).
-Lutero fez uma outra versão apartir dos originais, concluindo em 1534. Foi um excelente trabalho literário e esta Bíblia foi muito importante para o Movimento da Reforma.

Tradução para o português

As traduções da Bíblia para o português tem origem na versão de Almeida (1753), na Vulgata (384-387) ou diretamente das cópias antigas. O caminho para as diversas traduções é mostrado na seqüência abaixo:
Apartir da versão de João Ferreira de Almeida       

João Ferreira de Almeida
A Primeira Bíblia traduzida para o português foi a Versão de Almeida, antes apenas trechos da Bíblia tinham sidos traduzidos em Portugual.
Foi a primeira Bíblia em Português. Feita por João Ferreira de Almeida a partir do grego e hebraico. A tradução do Novo Testamento foi terminada em 1670, sendo impresso em 1681 em Amsterdã. O Antigo Testamento foi traduzido até Ez 48:21, pois Almeida faleceu em 1691.
Seus amigos missionários (principalmente Jacob Opden Akker) terminaram a tradução, sendo então a Bíblia completa publicada em 1753 (Amsterdã).
Almeida utilizou o Texto Recebido (T.R.)  e também as traduções Holandesa, francesa, italiana, espanhola e latina.
Esta versão tem sido a base para outras versões revisadas e atualizadas e a preferida pelos evangélicos de língua portuguesa.

Edição Revista e Corrigida - ARC
A Imprensa Bíblica Brasileira publicou em 1951 a Edição Revista e Corrigida, abreviadamente ARC (A-Almeida R-revista C-corrigida).

A Edição Revista e Atualizada, foi um trabalho realizado no período de 1945 a 1955).Foi baseada no Texto Crítico (T.C.) , esta versão é semelhante a versão inglesaVersão Padrão Revisada
Foi publicada pela Sociedade Bíblica do Brasil em 1951 (Novo Testamento) e 1958 (Antigo Testamento).

Versão Padrão Revisada The Revised Standard Version (RSV)
Publicada em 1946 (Novo Testamento) e 1952 (Velho Testamento) nos Estados Unidos. Começou em 1929 com um grupo de Teólogos tradutores como Goodspeed, Moffat, Millar Burrows, Albright. Novos textos originais foram consultados para esta versão.Segue o Texto Crítico (T.C.) . Recebeu elogios e críticas, pois é teologicamente liberal em alguns pontos.

Outras versões - "Almeida"


Almeida Edição Contemporânea (ECA) - Editora Vida - 1990
Almeida Corrigida, Fiel (ACF) - Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil - 1994 - segue o Texto Recebido (T.R.) (é uma ótima tradução).

Versões em português com base na A Vulgata :

As seguintes versões são traduzidas diretamente da A Vulgata e não do hebraico e grego originais:
.
 Versão de Figueiredo.
Feita pelo padre Antônio Pereira de Figueiredo, que levou 17 anos para sua tradução. O Novo Testamento foi publicado em 1781 e o Antigo Testamento em 1790. Desde 1821 a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira (SBBE) publica esta versão.

. Versão de Matos Soares.
O Padre brasileiro Matos Soares, traduziu em 1932. Foi publicada em 1946. Carece de fidelidade. Tem preconceitos e tendências, especialmente nos itálicos que às vezes tem texto maior do que o original. É a Bíblia popular dos católicos do Brasil.

Outras traduções
As versões abaixo não tiveram como base a A Vulgata e nem a Versão de Almeida, mas foram traduzidas diretamente das copias antigas:

 -A Tradução Brasileira.
 Publicado em 1910 (Novo Testamento) e 1917 (Antigo Testamento). É uma tradução muito fiel ao original, mas muito rígida, porque a tradução é literal.

 -Bíblia na Linguagem de Hoje.
lançada em 1988 pela Sociedade Bíblica do Brasil.
 Tem o objetivo de apresentar os textos bíblicos em uma linguagem simples do povo.

 -A Bíblia de Jerusalém (católica)- 1981, Edições Paulinas

Outras Versões

 Versões                 Ano:
Egípcia                           250
 Etiópica                          no quarto século.
 Gótica                            350
 Armênia                          400

 Iberiana                          570
 Arábica                           no oitavo século.
 Eslávicas                        870
 Persa                              870
 Italiano                           1432
 Francês                          1487
 Sueco                             1541
 Dinamarquês                  1550
 Holandês                         1560
 Espanhol                         1602

 Filandês                          1642

sábado, 13 de julho de 2013

A Batalha de Guanabara: Quando o evangelho chega ao Brasil

Colonizados por portugueses e evangelizados por franceses. Foi assim que o Brasil se firmou durante os anos que se passaram após a chegada de Cabral. Os primeiros missionários em terras tupiniquins vieram da França e se estabeleceram no Rio de Janeiro em 1557. Eram os huguenotes.

Em 1555, a expedição liderada por Nicolas Durand de Villegaignon chegou à Baía da Guanabara e fundou uma colônia que ficou conhecida como França Antártica, onde realizaram o primeiro culto protestante no Brasil.

Nesse período, portugueses católicos dominavam o território recém-descoberto a fim de colonizar os índios e explorar a nova terra. Evidentemente que a presença francesa preocupava os portugueses. Entretanto, o que mais incomodava era o fato do evangelho ser pregado tanto entre os tamoios (índios daquela região) quantos os lusitanos que ali viviam.

Mas aqueles missionários sabiam a dificuldade que enfrentariam no novo mundo: O choque cultural, o idioma e a perseguição da igreja católica, que mesmo na França, sofria duras repressões por parte do rei François I. Essas dificuldades não eram maiores que seu amor ao evangelho.

Inspirados na passagem de Paulo aos romanos “Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores”, os huguenotes jamais desistiram de pregar a palavra de Deus. A perseguição eminente os fortalecia cada vez mais e os encorajavam na luta contra a tirania católica.

O conflito era inevitável: de um lado, uma minoria protestante e evangelizadora e do outro, uma maioria católica e bem armada. Mem de Sá liderou o ataque português aos colonos franceses, posicionando a artilharia e ancoragem na Ilha de Serigipe.

 

Esse episódio ficou conhecido como A Batalha de Guanabara e resultou no massacre de franceses. Alguns ainda conseguiram fugir e os sobreviventes que aqui ficaram foram presos.

O discurso dos historiadores da América portuguesa é um: os protestantes franceses foram humilhados e derrotados ante o poderio bélico português. Contrariando esses estudiosos, vejo que a investida francesa trouxe um grande benefício aos evangélicos e que o nome do Senhor foi glorificado.

As algemas não impediram o trabalhar de Deus. Um dos principais documentos da Reforma Protestante foi feito no Brasil, pelas mãos daqueles que ainda cativos, não negaram sua fé em Cristo. Durante o período em que estiveram na prisão, Jean de Bourdel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon e André la Fon escreveram a Confissão de Fé de Guanabara, que se tornou a principal fonte litúrgica das igrejas evangélicas.